Não me surpreende que a coligação “De volta ao trabalho” do PSDB queira realizar um carnaval na avenida, afinal, nada melhor do que circo para maquiar a falta de ideias e projetos!
A alternativa é tentadora, quando se se convida
tucanos para participar de uma “Roda de
Conversa”, quase sempre é um silêncio, ora, debater e relacionar opiniões nunca
foi forte estratégico do PSDB – mas folia, carnaval político, tem suas razões
mais do que amargas para acontecer – pão e circo, e a política do café com
leite.
Folia, ora, não é uma liberação, não abre espaço
para debates, integrações de ideias, ou qualquer outro tema que possa
fundamentalizar uma discussão sadia que venha a beneficiar o município, mas
antes disso é uma época de "alienação", onde as hordas parecem
esquecer os problemas durante alguns momentos. Alias, uma grande arma política
em termos de Santa Quitéria, onde o Tomás Figueiredo apresenta uma rejeição de
37%, resultado da falta de obras e projetos de grandes impactos.
Assim, a única e derradeira alternativa que
resta, é dar circo para que as pessoas se libertem de seus desejos, suas
fantasias, suas frustrações, enfim... tudo o que pode causar limitação.
Por isso mesmo ao contrário do que se possa
parecer a primeira vista uma grande festa da democracia, nada mais é o que
chamaríamos de "Carnaval" (no sentido mais pejorativo do termo),
congratulando aquele que esperou a
“Dança da Galera”.
A eleição é freqüentemente invocada como um
período de grande energia. E é verdade se formos analisar por energia o
carnaval-comício (ou comício-carnaval) teria várias. A da alegria de um povo
tomando um porre para esquecer seus problemas e conseguir tirar algum proveito
da vida. A de alguns meliantes que saem às ruas para eliminar e matar. A
energia do pai de família que fica em casa para aproveitar a companhia dos
filhos. e por ai vai. A energia em cada ponto será de um jeito.
Isso sem contar com os tambores e batucadas que
tendem a trazer maior energia, pois, um tambor tocado em 120 bpm, alcança a
batida do seu coração, a mesma, e tende a induzir comportamentos x dependendo
do ritmo tocado).
Agora pessoalmente, prefiro ficar em casa, lendo
um livro ou então acessando a rede para pegar alguns arquivos, namorar, ou
fazer qualquer outra coisa; continuo estudando, espancando minha cabeça doentia
e ouvindo um pouco de Chico Buarque, talvez a única folia até hoje que eu
realmente tenha gostado.
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