quarta-feira, 26 de setembro de 2012

Carnaval na avenida


Não me surpreende que a coligação “De volta ao trabalho” do PSDB queira realizar um carnaval na avenida, afinal, nada melhor do que circo para maquiar a falta de ideias e projetos! 

 

A alternativa é tentadora, quando se se convida tucanos para participar de uma “Roda  de Conversa”, quase sempre é um silêncio, ora, debater e relacionar opiniões nunca foi forte estratégico do PSDB – mas folia, carnaval político, tem suas razões mais do que amargas para acontecer – pão e circo, e a política do café com leite. 

Folia, ora, não é uma liberação, não abre espaço para debates, integrações de ideias, ou qualquer outro tema que possa fundamentalizar uma discussão sadia que venha a beneficiar o município, mas antes disso é uma época de "alienação", onde as hordas parecem esquecer os problemas durante alguns momentos. Alias, uma grande arma política em termos de Santa Quitéria, onde o Tomás Figueiredo apresenta uma rejeição de 37%, resultado da falta de obras e projetos de grandes impactos. 

Assim, a única e derradeira alternativa que resta, é dar circo para que as pessoas se libertem de seus desejos, suas fantasias, suas frustrações, enfim... tudo o que pode causar limitação.

Por isso mesmo ao contrário do que se possa parecer a primeira vista uma grande festa da democracia, nada mais é o que chamaríamos de "Carnaval" (no sentido mais pejorativo do termo), congratulando  aquele que esperou a “Dança da Galera”. 

A eleição é freqüentemente invocada como um período de grande energia. E é verdade se formos analisar por energia o carnaval-comício (ou comício-carnaval) teria várias. A da alegria de um povo tomando um porre para esquecer seus problemas e conseguir tirar algum proveito da vida. A de alguns meliantes que saem às ruas para eliminar e matar. A energia do pai de família que fica em casa para aproveitar a companhia dos filhos. e por ai vai. A energia em cada ponto será de um jeito.

Isso sem contar com os tambores e batucadas que tendem a trazer maior energia, pois, um tambor tocado em 120 bpm, alcança a batida do seu coração, a mesma, e tende a induzir comportamentos x dependendo do ritmo tocado).

Agora pessoalmente, prefiro ficar em casa, lendo um livro ou então acessando a rede para pegar alguns arquivos, namorar, ou fazer qualquer outra coisa; continuo estudando, espancando minha cabeça doentia e ouvindo um pouco de Chico Buarque, talvez a única folia até hoje que eu realmente tenha gostado.

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